Os militantes comunistas de Ovar elegeram, na sexta-feira passada, os 12 delegados que irão representar a Organização Concelhia na 5.ª Assembleia da Organização Regional de Aveiro, que se realiza no próximo sábado.

O plenário discutiu o projecto de Resolução Política que irá ser apresentado à 5.ª Assembleia de Aveiro, de que consta o balanço do trabalho da organização nos últimos quatro anos.

De acordo, com os militantes de Ovar, o distrito de Aveiro é uma região de grandes potencialidades que têm sido desaproveitadas e com um modelo económico que continua a assentar na exploração de mão de obra barata e cada vez mais precarizada e que não valoriza o património ambiental, que apresenta índices de poluição terceiro-mundista. É contra esta situação que o PCP reclama «uma verdadeira aposta na formação profissional, na investigação» e num «desenvolvimento sustentável, ao serviço do homem, em harmonia com o meio ambiente, e em que o lucro imediatista deixe de ser a variável estratégica fundamental do nosso tecido produtivo.»

Luís Quintino, membro do Secretariado da DORAV, cuja intervenção encerrou a reunião dos comunistas de Ovar, referiu-se à anunciada Lei dos Partidos que pretende impor a todos os partidos um modelo único de organização, «fazendo assim tábua rasa dos mais elementares direitos de liberdade consagrados na nossa Constituição». Importa pois, disse, prosseguir a luta contra mais esta «tentativa de limitar a influência de um partido incómodo que continua a lutar de forma consequente contra o capitalismo» e garantir «uma eterna bipolarização entre partidos que defendem e praticam a mesma política».

A terminar, o plenário expressou a sua posição de «total repúdio» pela agressão norte-americana ao Iraque e denunciou o «vergonhoso alinhamento» do Governo ao lado dos senhores da guerra.